Sobre Denise Schaan
Denise Pahl Schaan nasceu em 1962, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Graduou-se em História em 1987 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e recebeu o título de Mestre em História, Área de Concentração Arqueologia Amazônica, pela Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) em 1996.
Sua Dissertação de Mestrado, um estudo detalhado da coleção de cerâmica Marajora "Tom Wildi", foi publicada em 1997 pela editora da PUC/RS.
Intitulada "A Linguagem Iconográfica da Cerâmica Marajoara", a obra aborda os grafismos da cultura Marajoara a partir de uma metodologia estrutural, mostrando que ícones representando a fauna da Ilha de Marajó eram usados para veicular messagens sociais sobre mitologia, parentesco, e status social.
Em 1997, Denise mudou-se para Belém do Pará, para realizar estudos com as coleções de cerâmica Marajoara do Museu Paraense Emílio Goeldi. Lá, ela dedicou-se também a estudar a ocupação pré-histórica na região do alto Rio Anajás, centro da Ilha de Marajó.
Em seis anos de pesquisas, Denise Schaan descobriu e estudou nove novos sítios arqueológicos da cultura Marajoara, dirigindo dois extensos projetos de pesquisa.
O primeiro, com financiamento da AHIMOR - Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental, fez parte dos Estudos de Impacto Ambiental para a construção da Hidrovia do Marajó (1999 a 2001).
O segundo, intitulado "Lost Civilizations of the Amazon" (Civilizações Perdidas da Amazônia) (2000-2002), é financiado pelo Instituto Earthwatch, e tem como objetivo entender a ocupação pré-histórica no alto rio Anajás a partir de uma perspectiva regional.
Como resultado desses projetos, diversos artigos e capítulos de livros foram publicados e trabalhos foram apresentados em congressos no Brasil e nos Estados Unidos.
Em 1999, Denise Schaan iniciou o curso de Doutorado em Antropologia Social na Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos.
Em agosto de 2004 defendeu a Tese de Doutorado, intitulada "The Camutins Chiefdom: Rise and Development of Social Complexity on Marajó Island" (O Cacicado dos Camutins: Emergência e Desenvolvimento de Complexidade Social na Ilha de Marajó), resultado de pesquisa financiada pela Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos
(National Science Foundation - NSF).
Para custear seus estudos nos Estados Unidos, recebeu bolsas de estudo do CNPq - Conselho Nacional de Pesquisas, e da Fundação Heinz, de Pittsburgh. As pesquisas tiveram também o apoio do Museu Paraense Emílio Goeldi.
De 2004 a 2006 Denise Schaan foi pesquisadora visitante do Museu Goeldi, com bolsa do Ministério da Ciência e Tecnologia/ CNPq.
Em 2006, Denise Schaan ingressou na Universidade Federal do Pará como professor adjunto I, no então Departamento de Antropologia, ministrando aulas no Curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais.
Em 2007, com a colaboração da professora Jane Beltrão e de colegas da Universidade e de outras instituições, foi aprovado o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Arqueologia da Amazônia, que realizou-se de 2007 a 2009, tendo formado 17 novos arqueólogos.
Em 2007 Denise Schaan foi eleita Presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira, para o biênio 2007-2009.
Em 2008 gestou, juntamente com colegas da UFPA a proposta de um curso de Pós-Graduação em Antropologia que foi aprovado pela Capes e começou a funcionar em agosto de 2010.
Denise Schaan foi coordenadora do Programa durante os anos de 2012 e 2013.
Atualmente ministra disciplinas na graduação e pós-graduação na UFPA.
É membro da Associação Brasileira de Antropologia, da Sociedade de Arqueologia Brasileira e da Society for American Archaeology.
Em outubro de 2013 Denise Schaan recebeu do Governo do Estado do Pará (Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa - FAPESPA) o Prêmio Paraense de Destaque Científico 2013 - Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.